05/12/2020, sábado, 19h – "Mulheres anarquistas em movimento: histórias, ideias e lutas",encontro digital com Angela Roberti, doutora em História Social (PUC-SP); Professora adjunta da UERJ na área de História Moderna e Contemporânea. Coordenadora do Laboratório de Pesquisa e Prática de Ensino em História (LPPE) do IFCH da UERJ; Líder do Grupo de Pesquisa (Grpesq/Cnpq/UERJ) NEPAN - Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Anarquismo e Cultura Libertária. Publicou trabalhos decorrentes de pesquisas na área de História sobre anarquismo e imprensa libertária, literatura social libertária, imagens libertárias, movimento operário, trabalho, militantes estrangeiros, memória do movimento anarquista e história e memória das mulheres anarquistas.

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Resumo:

A conversa com a historiadora e professora Angela Roberti, pesquisadora do anarquismo no Brasil, em especial no Rio de Janeiro, tem o propósito de enfatizar a presença de outros sujeitos no âmbito das lutas sociais e políticas protagonizadas pelos anarquistas nas primeiras décadas do século XX. Para tanto, apresentará uma leitura do universo da militância a partir de uma perspectiva identificada com a história social das mulheres. Assim, a pesquisadora oferecerá uma reflexão sobre as mulheres anarquistas, suas ideias e participação nas lutas sociais e políticas da época, tomando-as como testemunhas reveladoras da experiência feminina do anarquismo no Brasil. Desse modo, vai traçar um breve panorama dos debates que envolviam as libertárias, que se voltavam para destruir o poder do Estado e os micro poderes, tanto quanto para transformar a vida econômica, as relações sociais opressivas, autoritárias, hierárquicas e desiguais, as relações de exploração no espaço da produção, as relações de dominação entre os gêneros, as regras que circunscreviam a sexualidade, defendendo, entre outros, a emancipação feminina, o amor livre, a livre união, a livre desunião. Como decorrência, serão contempladas, também, as temáticas ligadas à sexualidade, as quais eram tidas como indispensáveis na construção de novas subjetividades que apontavam para a necessidade da transformação dos papeis sociais/sexuais de homens e mulheres em benefício de uma ética libertária.